A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, por unanimidade, um relatório que corrobora a tese de que João Goulart foi assassinado.O documento, ainda não conclusivo, afirma que são fortes os indícios de que a morte de Jango foi orquestrada pelos órgãos de repressãobrasileiros, com conhecimento de Ernesto Geisel. O relatório aponta que antes da Operação Condor, o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo atuava no Uruguai e Argentina, monitorando brasileiros exilados.A hipótese da morte de Jango a mando das Forças Armadas ganhou força em janeiro deste ano, após o exagente do serviço de inteligência uruguaia, Mario Barreiro, afirmar à Folha de S.Paulo que ele foi envenenado, em uma operação conjunta dos governos argentino, uruguaio e brasileiro.Para dar prosseguimento às investigações, a comissão pede no relatório uma série de documentos e informações às Forças Armadas brasileiras, e aos governos da Argentina, Uruguai e Estados Unidos.