terça-feira, 23 de setembro de 2008

Hamburguer Hill

Vietnã, 1969. Montanha 937, 10 dias de combate, 70% de perdas dos soldados americanos na frente de batalha. Esses são os fatos - esta é a história. Os homens da Companhia Bravo foram mandados para o front para dominar uma colina e foram caindo pelo caminho até formar uma montanha de corpos. O diretor John Irvin impressionado com o relato quis recria-lo com a dimensão que o fato merecia. 'O retrato mais realista sobre a Guerra do Vietnã jamais filmado '.

Título Original: Hamburguer Hill
Ano: 1987
Elenco: Kieu Chinh, Steven Weber, Dylan McDermott, Don Cheadle, Courtney B. Vance, Anthony Barrile, Daniel O'Shea, Don James, Harry O'Reilly, Michael A. Nickles, Michael Boatman, Michael Dolan, Tegan West, Tim Quill, Tommy Swerdlow
Direção: John Irvin
Gênero: Guerra

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Código de Hamurabi




Sexto rei sumério durante período controverso (1792-1750 ou 1730-1685 A.C.) e nascido em Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia em babilônio) foi fundador do 1o Império Babilônico (correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente o mundo mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios e levando a Babilônia ao máximo esplendor. O nome de Hamurabi permanece indissociavelmente ligado ao código jurídico tido como o mais remoto já descoberto: o Código de Hamurabi. O legislador babilônico consolidou a tradição jurídica, harmonizou os costumes e estendeu o direito e a lei a todos os súditos. Seu código estabelecia regras de vida e de propriedade, apresentando leis específicas, sobre situações concretas e pontuais. O texto de 281 preceitos (indo de 1 a 282 mas excluindo a cláusula 13 por superstições da época) foi reencontrado sob as ruínas da acrópole de Susa por uma delegação francesa na Pérsia e transportado para o Museu do Louvre, Paris. Consiste em um monumento talhado em dura pedra negra e cilíndrica de diorito. O tronco de pedra possui 2,25m de altura, 1,60m de circunferência na parte superior e 1,90m na base. Toda a superfície dessa “estela” cilíndrica de diorito está coberta por denso texto cuneiforme, de escrita acádica. Em um alto-relevo retrata-se a figura de “Khammu-rabi” recebendo a insígnia do reinado e da justiça de Shamash, deus dos oráculos. O código apresenta, dispostas em 46 colunas de 3.600 linhas, a jurisprudência de seu tempo, um agrupamento de disposições casuísticas, de ordem civil, penal e administrativa. Mesmo havendo sido formulado a cerca de 4000 anos, o Código de Hamurabi apresenta algumas tentativas primeiras de garantias dos direitos humanos.

Alguns artigos :


1. Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que aquele que enganou deve ser condenado à morte.
2. Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que fez a acusação deverá ser condenado à morte, enquanto que aquele que pulou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador.
3. Se alguém trouxer uma acusação de um crime frente aos anciões, e este alguém não trouxer provas, se for pena capital, este alguém deverá ser condenado à morte.
5. Um juiz deve julgar um caso, alcançar um veredicto e apresentá-lo por escrito. Se erro posterior aparecer na decisão do juiz, e tal juiz for culpado, então ele deverá pagar doze vezes a pena que ele mesmo instituiu para o caso, sendo publicamente destituído de sua posição de juiz, e jamais sentar-se novamente para efetuar julgamentos.
6. Se alguém roubar a propriedade de um templo ou corte, ele deve ser condenado à morte, e também aquele que receber o produto do roubo do ladrão deve ser igualmente condenado à morte.
7. Se alguém comprar o filho ou o escravo de outro homem sem testemunhas ou um contrato, prata ou ouro, um escravo ou escrava, um boi ou ovelha, uma cabra ou seja o que for, se ele tomar este bem, este alguém será considerado um ladrão e deverá ser condenado à morte.
8. Se alguém roubar gado ou ovelhas, ou uma cabra, ou asno, ou porco, se este animal pertencer a um deus ou à corte, o ladrão deverá pagar trinta vezes o valor do furto; se tais bens pertencerem a um homem libertado que serve ao rei, este alguém deverá pagar 10 vezes o valor do furto, e se o ladrão não tiver com o que pagar seu furto, então ele deverá ser condenado à morte.
9. Se alguém perder algo e encontrar este objeto na posse de outro: se a pessoa em cuja posse estiver o objeto disser " um mercador vendeu isto para mim, eu paguei por este objeto na frente de testemunhas" e se o proprietário disse" eu trarei testemunhas para que conhecem minha propriedade" , então o comprador deverá trazer o mercador de quem comprou o objeto e as testemunhas que o viram fazer isto, e o proprietário deverá trazer testemunhas que possam identificar sua propriedade. O juiz deve examinar os testemunhos dos dois lados, inclusive o das testemunhas. Se o mercador for considerado pelas provas ser um ladrão, ele deverá ser condenado à morte. O dono do artigo perdido recebe então sua propriedade e aquele que a comprou recebe o dinheiro pago por ela das posses do mercador.
10. Se o comprador não trouxer o mercador e testemunhas ante a quem ante quem ele comprou o artigo, mas seu proprietário trouxer testemunhas para identificar o objeto, então o comprador é o ladrão e deve ser condenado à morte, sendo que o proprietário recebe a propriedade perdida.
11. Se o proprietário não trouxer testemunhas para identificar o artigo perdido, então ele está mal-intencionado, e deve ser condenado à morte.
12. Se as testemunhas não estiverem disponíveis, então o juiz deve estabelecer um limite, que se expire em seis meses. Se suas testemunhas não aparecerem dentro de seis meses, o juiz estará agindo de má fé e deverá pagar a multa do caso pendente.[Nota: não há 13ªLei no Código, 13 provavelmente sendo considerado um número de azar ou então sacro]
14. Se alguém roubar o filho menor de outrem, este alguém deve ser condenado à morte.
15. Se alguém tomar um escravo homem ou mulher da corte para fora dos limites da cidade, e se tal escravo homem ou mulher, pertencer a um homem liberto, este alguém deve ser condenado à morte.
16. Se alguém receber em sua casa um escravo fugitivo da corte, homem ou mulher, e não trouxe-lo à proclamação pública na casa do governante local ou de um homem livre, o mestre da casa deve condenado à morte.
17. Se alguém encontrar um escravo ou escrava fugitivos em terra aberta e trouxe-los a seus mestres, o mestre dos escravos deverá pagar a este alguém dois shekels de prata.
18. Se o escravo não der o nome de seu mestre, aquele que o encontrou deve trazê-lo ao palácio; uma investigação posterior deve ser feita, e o escravo devolvido a seu mestre.
19. Se este alguém mantiver os escravos em sua casa, e eles forem pegos lá, ele deverá ser condenado à morte.
20. Se o escravo que ele capturou fugir dele, então ele deve jurar aos proprietários do escravo, e ficar livre de qualquer culpa.
21. Se alguém arrombar uma casa, ele deverá ser condenado à morte na frente do local do arrombamento e ser enterrado.
22. Se estiver cometendo um roubo e for pego em flagrante, então ele deverá ser condenado à morte.
23. Se o ladrão não for pego, então aquele que foi roubado deve jurar a quantia de sua perda; então a comunidade e... em cuja terra e em cujo domínio deve compensá-lo pelos bens roubados.
38. Um capitão, homem ou alguém sujeito a despejo não pode responsabilizar por a manutenção do campo, jardim e casa a sua esposa ou filha, nem pode usar este bem para pagar um débito.
39. Ele pode, entretanto, assinalar um campo, jardim ou casa que comprou e que mantém como sua propriedade, para sua esposa ou filha e dar-lhes como débito.
40. Ele pode vender campo, jardim e casa a um agente real ou a qualquer outro agente público, sendo que o comprador terá então o campo, a casa e o jardim para seu usufruto.
41. Se fizer uma cerca ao redor do campo, jardim e casa de um capitão ou soldado, quando do retorno destes, a campo, jardim e casa deverão retornar ao proprietário.
42. Se alguém trabalhar o campo, mas não obtiver colheita dele, deve ser provado que ele não trabalhou no campo, e ele deve entregar os grãos para o dono do campo.
43. Se ele não trabalhar o campo e deixá-lo pior, ele deverá retrabalhar a terra e então entregá-la de volta ao seu dono.(...)48. Se alguém tiver um débito de empréstimo e uma tempestade prostrar os grãos ou a colheita for ruim ou os grãos não crescerem por falta d'água, naquele ano a pessoa não precisa dar ao seu credor dinheiro algum, ele devendo lavar sua tábua de débito na água e não pagar aluguel naquele ano.(...)
116. Se o prisioneiro morrer na prisão por mau tratamento, o chefe da prisão deverá condenar o mercador frente ao juiz. Caso o prisioneiro seja um homem livre, o filho do mercador deverá ser condenado à morte; se ele era um escravo, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em outro, e o chefe de prisão deve pagar pela negligência.(...)
127. Se alguém "apontar o dedo" (enganar) a irmã de um deus ou a esposa de outro alguém e não puder provar o que disse, esta pessoa deve ser levada frente aos juizes e sua sobrancelha deverá ser marcada.128. Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será esposa dele.129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d'água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos.130. Se um homem violar a esposa (prometida ou esposa-criança) de outro homem, o violador deverá ser condenado à morte, mas a esposa estará isenta de qualquer culpa.131. Se um homem acusar a esposa de outrém, mas ela não for surpreendida com outro homem, ela deve fazer um juramento e então voltar para casa.132. Se o "dedo for apontado" para a esposa de um homem por causa de outro homem, e ela não for pega dormindo com o outro homem, ela deve pular no rio por seu marido.133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser judicialmente condenada e atirada na água.134. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa, e a mulher estará isenta de toda e qualquer culpa.135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e voltar à casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças devem seguir seu pai.136. Se fugir de sua casa, então sua esposa deve ir para outra casa. Se este homem voltar e desejar Ter sua esposa de volta, por que ele fugiu, a esposa não precisa retornar a seu marido.137. Se um homem quiser se separar de uma mulher ou esposa que lhe deu filhos, então ele deve dar de volta o dote de sua esposa e parte do usufruto do campo, jardim e casa, para que ela possa criar os filhos. Quando ela tiver criado os filhos, uma parte do que foi dado aos filhos deve ser dada a ela, e esta parte deve ser igual a de um filho. A esposa poderá então se casar com quem quiser.138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir.(...)148. Se um homem tomar uma esposa, e ela adoecer, se ele então desejar tomar uma Segunda esposa, ele não deverá abandonar sua primeira esposa que foi atacada por uma doença, devendo mantê-la em casa e sustentá-la na casa que construiu para ela enquanto esta mulher viver.(...)154. Se um homem for culpado de incesto com sua filha, ele deverá ser exilado.155. Se um homem prometer uma donzela a seu filho e seu filho ter relações com ela, mas o pai também tiver relações com a moça, então o pai deve ser preso e ser atirado na água para se afogar. (...)185. Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho crescido não poderá ser reclamado por outrém.186. Se um homem adotar uma criança e esta criança ferir seu pai ou mãe adotivos, então esta criança adotada deverá ser devolvida à casa de seu pai.(...)190. Se um homem não sustentar a criança que adotou como filho e criá-lo com outras crianças, então o filho adotivo pode retornar à casa de seu pai. 191. Se um homem, que tenha adotado e criado um filho, fundado um lar e tido filhos, desejar desistir de seu filho adotivo, este filho não deve simplesmente desistir de seus direitos. Seu pai adotivo deve dar-lhe parte da legítima, e só então o filho adotivo poderá partir, se quiser. Ele não deve dar, porém, campo, jardim ou casa a este filho. (...)194. Se alguém der seu filho para uma ama (babá) e a criança morrer nas mãos desta ama, mas a ama, com o desconhecimento do pai e da mãe, cuidar de outra criança, então eles devem acusá-la de estar cuidando de uma outra criança sem o conhecimento do pai e da mãe. O castigo desta mulher será Ter os seus seios cortados.(...)- continua até 282.“...Para que o forte não prejudique o mais fraco, afim de proteger as viúvas e os órfãos, ergui a Babilônia...para falar de justiça a toda a terra, para resolver todas as disputas e sanar todos os ferimentos, elaborei estas palavras preciosas...”(retirado do Epílogo do Código de Hamurabi).


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Curiosidades

Calcanhar de Aquiles: De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num grande lago mágico, segurando-o pelo calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.
Voto de Minerva: Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto de desempate ou o voto decisivo.
Casa da Mãe Joana: Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
Vá se queixar ao Bispo: Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça era fértil. E adivinha o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A mocinha, desolada, ia se queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.
Conto do Vigário: Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
Ficar a ver navios: Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
Não entendo Patavinas: Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Assim, não entender patavina significa não entender nada.
Dourar a Pílula: Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
Chegar de mãos abanando: Há muito tempo, aqui no Brasil, era comum exigir que os imigrantes que chegassem para trabalhar nas terras trouxessem suas próprias ferramentas. Caso viessem de mãos vazias, era sinal de que não estavam dispostos ao trabalho. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada.
Sem eira nem beira: Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura.
Não ter eira nem beira : significa que a pessoa é pobre, está sem grana.Abraço de TamanduáPara capturar sua presa, o tamanduá se deita de barriga para cima e abraça seu inimigo. O desafeto é então esmagado pela força. Abraço de tamanduá é sinônimo de deslealdade, traição.

Chico Buarque - Tanto mar

http://passadocurioso.blogspot.com/2008/04/chico-buarque-tanto-mar.html

Conselhos para as boas esposas dos anos 60

Revistas dos anos 50 e 60... Conselho para as moças!CONSELHOS ÀS MOÇASFrases retiradas de revistas femininas da década de 50 e 60:- Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.(Jornal das Moças, 1957)- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seucarinho e provas de afeto. (Revista Claudia, 1962)- A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade deir tomar banho fora de casa. (Jornal das Moças, 1965)- A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas.Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.(Jornal das Moças, 1959)- Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzasno tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.(Jornal das Moças,1957)- A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais,mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara.(Revista Claudia,1962)- Mesmo que um homem consiga "divertir-se" com sua namorada ou noiva, naverdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.( Revista Querida,1954)- O noivado longo é um perigo. (Revista Querida, 1953)- É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.(Jornal das Moças, 1957)

O bom professor e o professor bonzinho

O BOM PROFESSOR E O PROFESSOR BONZINHO

Existem dois tipos de professor que estão gerando muita discussão no mundo acadêmico. Umé o professor bonzinho, outro é o bom professor. Vejamos os perfis de cada um para quepossamos analisá-los e fazer a nossa escolha.

O PROFESSOR BONZINHO

Não faz a chamada, registra presença para todo mundo; não desenvolve muita matéria em sala de aula, poupando os seus alunos de ficarem exaustos; não pede a seus alunos que leiam muito,acredita que eles realmente não têm tempo para se dedicar à leitura, não pede a seus alunos que; façam pesquisas, só trabalha em sala de aula - é mais light; aplica provas objetivas e bem fáceis,para que o aluno não se veja forçado a "esquentar" a cabeça (também fica mais fácil para correção); dá pontos, arredonda anota e "empurra" o aluno para passar "direto"; é um "cara legal",deixa os alunos chegarem atrasados e ouvir música ou jogo em sala de aula pelo walkman; não pede trabalhos em grupo; libera os alunos para saírem mais cedo da aula; entende o problema detodos como justificativa para prorrogar trabalhos, provas e apresentação de seminários; omite coisas que devem ser melhoradas na apresentação de seminários e trabalhos em geral, evitando"magoar" seus alunos; ouve respostas ou críticas destrutivas, que caracterizam falta de respeito por parte dos alunos e fica quieto:
"os alunos estão estressados"; coloca presença geral para toda a classe quando os alunos resolvem faltar coletivamente.

O BOM PROFESSOR (GERALMENTE AQUELE CONSIDERADO CHATO E SEM DIDÁTICA)

Faz chamada e registra a real situação de cada dia letivo;desenvolve todo o seu programa disciplinar; solicita pesquisas para aprofundar o conhecimento e complementar a formação acadêmica; recomenda leituras diversas para aumentar o vocabulário e melhorar a escrita; gosta de orientar nas pesquisas para elaborar trabalhos; propõe aos alunos que trabalhem e grupo para se acostumarem ao estilo social e profissional do mundo globalizado;incentiva a participação na sala de aula sob forma de debates,discussões ou leitura em voz alta; faz correções detalhadas deprovas, trabalhos e apresentações de seminários, com o objetivo de auxiliar o aluno a evoluir; respeita os alunos, ouvindo-os e deixando-os expressar suas opiniões; desperta o senso crítico,ajudando a desenvolver o raciocínio lógico; faz da prova uma pesquisa e não uma noite de "terror"; conscientiza os alunos para a realidade da vida e do mercado de trabalho e, o mais importante, é humilde, pois com os alunos também se aprende.
Aí está! Será que já podemos identificar e escolher nossos caminhos, professores e alunos? Todos sabem da situação difícil do nosso país. Podemos ter certeza de que, mais que um diferencial de mercado, a educação e os conhecimentos obtidos ajudarão muito na solução do desemprego, da violência e, principalmente,na escolha de uma boa religião.

Quando os alunos optam por professores bonzinhos, estão colocando em risco sua formação acadêmica, profissional e pessoal. Todos nós devemos repensar nossas atitudes e nos respeitar,tendo muita dedicação e paciência em sala de nula. A exigência deve ser recíproca: professores e alunos são parceiros que ligam a sociedade e a ciência.

Faça a sua escolha!

Filmes e História

Filmes
1492 - A Conquista do Paraíso
O filme de Ridley Scott que tem Gerard Depardieu no papel principal, focaliza o principal momento da expansão marítima espanhola, quando em 1492 Cristóvão Colombo tentou atingir o Oriente navegando para o Ocidente.
1900 (Novecento)
O filme faz uma retrospectiva histórica da Itália desde o início do século XX até o término da Segunda Guerra Mundial, com base na vida de Olmo, filho bastardo de camponeses, e Alfredo, herdeiro de uma rica fam&ia
a Familia
O filme focaliza a história da Itália no século XX, através da vida da abastada família do intelectual Carlo, caracterizando a bipolarização ideológica entre fascismo e comunismo que marcou o mundo d
A Lista de Schindler
Aproveitando a recente decisão do governo e de empresas alemãs em indenizar as vitimas do Holocausto, conheça o principal filme sobre o trabalho escravo de judeus durante a Segunda Guerra.
A MISSÃO
O filme retrata a "Guerra Guaranítica" na região de Sete Povos das Missões, no final do século XVIII, época dos tratados de fronteiras assinaados entre Portugal e Espanha.
A Odisséia
As aventuras de Odisseu com os mitos e lendas característicos da Grécia Homérica, numa megaprodução de Francis Ford Coppola.
A Rainha Margot
O filme retrata a França em 1572, quando do casamento da católica Marguerite de Valois e o protestante Henri de Navarre, acaba servindo de estopim para um violento massacre de protestantes conhecido como a "noite de São Bartolomeu".
Aguirre, a cólera dos Deuses
No século XVI, uma expedição de conquisladores espanhóis, enfrentando a febre, os índios e as feras, entra na selva amazônica em busca do Eldorado, o fabuloso reino de ouro.
Amistad
O filme de Spielberg retrata o julgamento de 53 negros nos Estados Unidos, que na tentativa de fugir para África, matam a maior parte da tripulação do navio negreiro La Amistad em 1839.
Arquitetura da destruição
Este filme é considerado um dos melhores estudos sobre o Nazismo. Lembra que chamar Hitler de artista medíocre não elimina os estragos causados por sua estratégia de conquista universal.
Baile Perfumado
Amigo do padre Cícero, o fotógrafo Benjamim Abrahão, parte para o sertão nordestino, para filmar Lampião e seu bando nos anos 30.
Brava Gente Brasileira
A ficção passa-se no atual Mato Grosso do Sul, quando no final do século XVIII, um grupo de portugueses designados para fazer um levantamento topográfico na região do Pantanal se envolve com estupro de índias da t
Cabra Marcado para Morrer
O filme 'Cabra Marcado Para Morrer' é um documento singular, um filme dentro do filme, em que personagens, equipe técnica e elenco se integram retratando a realidade da ditadura militar no Brasil nos anos 60 e 70.
CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL
A morte do rei de Portugal D. José I em 1777 e a declaração de insanidade de D. Maria I em 1972, levam seu filho D. João e sua mulher, a espanhola Carlota Joaquina, ao trono português.
Casanova e a Revolução
Mais uma obra prima de Etore Scola que, através de diferentes personagens, mostra as diversas visões sobre a Revolução Francesa, em meio a fuga de Luís XVI.
Central do Brasil
Através da vida de uma professora, que ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos, e de um garoto nordestino, que perde sua mãe em um acidente no Rio de Janeiro, a obra, retrata os problemas sociais que afetam a população
Cidade de Deus
O filme Cidade de Deus, bem como seu sucesso de bilheteria, constitui um fato político, pois desnuda o Brasil da dívida social e dos excluídos.
Contexto
Critica do SIGNO DO CAOS
Dança com lobos
Depois de ter sido condecorado por bravura na Guerra de Secessão, o tenente da União John Dubar retira-se do Tenessee para um forte no Sioux em 1863. Esgotado com os valores da sociedade, passa a viver harmoniosamente com os indígena
DANTON, O PROCESSO DA REVOLUÇÃO
Na fase popular da Rev. Francesa, instala-se o período do "terror", quando a radicalização revolucionária dos jacobinos encabeçada por Robespierre inicia um violento processo político com expurgos, manipulaç
Eh Pagu, Eh
Premiado como melhor documentário e melhor roteiro no XV Festival de Cinema de Brasília, EH PAGU, EH!, dirigido por Ivo Branco é agora lançado em vídeo.
ELISABETH
O filme analisa a Inglaterra absolutista de Elizabeth I (Isabel, a Rainha Virgem), que subiu ao trono em 1558 para tornar-se a mulher mais poderosa do mundo.
EM NOME DO PAI
Em 1974, um atentado a bomba produzido pelo IRA (Exército Republicano Irlandês) mata cinco pessoas num pub de Guilford, arredores de Londres. O jovem rebelde irlandês Gerry Conlon e três amigos são presos e condenados pelo
Evita
O filme retrata a vida de Evita Perón, artista casada com o presidente da Argentina e que tornou-se a "Mãe dos Descamisados" no contexto do populismo.
Gandhi
Clássico do cinema épico, o filme é uma pequena biografia de Mahatma Gandhi, considerado o principal líder no processo de independência da Índia, com seu ideal de "resistência pacífica".
Hércules 56
documentário sobre a luta armada contra o regime militar. PROMOÇÃO do Historianet e Rio Filmes, confira!
Indochina
A Indochina, colonizada pela França desde o final do século XIX, é retratada nesse filme através do cotidiano de uma órfã vietnamita adotada por um casal de franceses. A crise do imperialismo e a revoluç&at
Joana d'Arc
O filme retrata a figura de Joana dâ??Arc, através de uma aventura estilizada e uma versão mais humanizada do mito que se tornou a jovem de origem camponesa que conseguiu exaltar o nacionalismo francês, na luta contra os ingleses duran
Lutero
Doutorado em teologia, Lutero não conseguia compreender alguns dogmas da Igreja Católica para com seus súditos. Como por exemplo, a "oferta" de indulgências aos fiéis, em troca da salvação de suas almas do purgatório.
MAUÁ, O IMPERADOR E O REI
O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência do Barão de Mauá (1813-1889), empreendedor gaúcho, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas
MISSING - DESAPARECIDO
O Chile pós-golpe de Estado, os primeiros dias da repressão e todo horror da ditadura chilena, considerada uma das mais violentas da América Latina, são fielmente retratados pelo filme.
Nós que aqui estamos por vós esperamos
Um filme que resgata o século XX através de imagens que marcaram as principais transformações ocorridas na história.
Notas do diretor
O ÚLTIMO DOS MOICANOS
Em 1757 franceses e ingleses na Guerra dos 7 anos (1756-1763) lutam pela posse de terras na América do Norte, usando como soldados índios de diferentes tribos.
O Último Imperador
O filme faz uma retrospectiva da trágica saga de Pu Yi, herdeiro do trono chinês, que foi criado em meio à realeza, mas com a tomada do poder pelos comunistas, é deposto, ainda adolescente, e tem que se adaptar à vida no
O Destino
A vida de Averróis, filósofo, médico e juiz de Córdoba no século XII.
O Encouraçado Potemkin
O filme retrata a Revolução de 1905 na Rússia, que pode ser considerado um movimento democrático, contra o autoritarismo do Czar.
O Gladiador
Em cartaz em diversos cinemas do país, o filme é uma ficção, porém retrata aspectos importantes da vida cotidiana do Império Romano.
O incrível exército de Brancaleone
O filme é uma das mais clássicas comédias de época do cinema italiano, retratando a Baixa Idade Média, através do cavaleiro Brancaleone, que lidera um pequeno e esfarrapado exército.
O Nome da Rosa
Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos.
O Sétimo Selo
O filme do consagrado diretor Ingmar Bergman mostra a crise de um cavaleiro medieval diante da morte no século XIV assolado pela "peste negra".
O Signo do Caos
O Sol - Caminhando contra o vento
O filme retrata a história do jornal O Sol, um dos primeiros veículos da imprensa alternativa brasileira, produzido diariamente durante seis meses, num período conturbado, em 1968, momentos antes do governo militar decretar o AI-5. O diário impresso falava de cultura, política e educação por meio de sátiras.
O Tigre e o Dragão
O filme mescla um romance épico com artes marciais, para retratar a China no início do século XIX, através da disputa de dois casais de guerreiros por uma espada lendária.
Olga
Estréia no próximo dia 20 de agosto o filme Olga, dirigido por Jaime Monjardim e baseado no best seller de Fernando Moraes. Vale a pena conferir e trabalhar em sala de aula.
Os Dez Mandamentos
O filme retrata importantes passagens na vida dos hebreus, que por volta de 1250 a C. conduzidos por Moisés, fogem do Egito, onde viviam na condição de escravos, para Palestina. Essa fuga é conhecida na Bíblia como "&eci
Os Duelistas
Através de uma série de duelos entre dois cavaleiros, o filme retrata o contexto que caracterizou a França e a Europa napoleônicas no início do século XIX.
Pelle, o conquistador
O filme retrata a vida de Pelle, um menino pobre, que com seu envelhecido e viúvo pai, emigra da Suécia para Dinamarca, à procura de trabalho, enfrentando os problemas sociais produzidos pela crise do capitalismo no contexto da Segund
Platoon
O filme do diretor Oliver Stone, que combateu no Vietnã, é uma das primeiras obras críticas do cinema norte-americano sobre o maior fracasso militar da história dos Estados Unidos.
Quilombo
Em meados do século XVII, escravos fugidos das plantações canavieiras do Nordeste, organizam uma república livre, o Quilombo dos Palmares. O quilombo sobreviveu por mais de 70 anos, até a destruição final.
Reds
A vida do jornalista e militante comunista norte-americano John Reed, autor do clássico Os Dez Dias que Abalaram o Mundo, é retratada desde a sua militância nos Estados Unidos, até a sua participação na Revolu&cced
Rei David
Saul, o primeiro rei dos hebreus, foi sucedido por David em 1006 a. C. que destacou-se por derrotar o gigante filisteu, Golias.
Senta a Pua!
O filme resgata a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial através de depoimentos de pessoas envolvidas no Primeiro Grupo de Aviação de Caça do Brasil.
Soldado de Deus
o filme faz um retrato do que foi o integralismo e sua importância na vida política brasileira.
SUNSHINE - O despertar de um século
Em um dos mais recentes filmes de István Szabó, o ator Ralph Fiennes, interpreta pai, filho e neto em três gerações de um clã de judeus, que vai perdendo a identidade em meio ao anti-semitismo, guerras e persegui&c
Tempo de Glória
Durante a Guerra de Secessão, líderes civis e militares do Norte decidem criar o primeiro regimento negro dos EUA. Comandados por um oficial branco, os homens lutam pela liberdade e pela cidadania.
Tempos Modernos
Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da populaç
TERRA E LIBERDADE
O filme retrata a Guerra Civil Espanhola (1936 - 1939), momento em que a esquerda, mundialmente, uniu-se em torno de uma causa.
Xica da Silva
Na segunda metade do século XVIII, uma escrava negra se torna o centro das atenções no distrito diamantino, onde estão as minas mais ricas do país.

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O MITO TIRADENTES




Com algumas exceções, sabe-se quem foi Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes. Mas são também conhecidos Luís Gonzaga das Virgens, João de Deus do Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira e Lucas Dantas do Amorim Torres – lideranças da Conjuração Baiana de 1798?

Da mesma forma que Tiradentes, o soldado Luís Gonzaga das Virgens, o alfaiate João de Deus do Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira, nascido escravo e também alfaiate, e Lucas Dantas do Amorim Torres, também soldado, foram executados no dia 8 de novembro de 1799 pelo crime de “lesa-majestade de primeira cabeça” (liderança) por organizarem uma sedição – frustrada pelas forças legalistas – ocorrida em Salvador em meados de 1798.

Esses quatro réus cumpriram a sentença de enforcamento seguido de degola e esquartejamento, além de confisco de bens, tiveram suas casas arrasadas e o chão salgado – “para que ali não mais se edifique”, esclarecia a punição – e no lugar foi erguido padrão com memória da infâmia extensiva a filhos e netos. Suas cabeças foram expostas até apodrecerem no alto de um poste no Campo do Dique do Desterro, uma região então erma, nos arredores da cidade de Salvador, lugar onde haviam se reunidos para agir, depois que o soldado Luís Gonzaga das Virgens foi preso pelas autoridades por elaborar “pasquins sediciosos” com palavras de ordem impregnados pelos ideais revolucionários de 1789 na França, propondo a fundação de uma “República Bahiense”, em “que todos serão iguais, não haverá diferença, só haverá liberdade, igualdade e fraternidade”. As outras partes do corpo, ficaram expostas nas cercanias de suas referidas casas.

Eles tiveram, portanto, destino similar ao do célebre Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira de 1789. Mas por que Tiradentes foi o único dos sediciosos do século XVIII a ser transformado em herói nacional?

Nota-se que acima foi grafado “Conjuração Baiana” e “Inconfidência Mineira”. Apesar de muitas vezes serem tratadas com sinônimos, inconfidência e conjuração têm significações diferentes. Enquanto inconfidência se associa à idéia de traição e infidelidade ao soberano e à metrópole; conjuração reflete melhor a perspectiva do colono, levados a urdir conspirações em defesa de seus interesses.

A figura de Tiradentes era um “artefacto cultural” mais apropriado para a formulação da idéia de nação e de nacionalismo do Brasil – “comunidades imaginadas”, no sentido proposto por Benedict Anderson. Não por acaso, a figura de Tiradentes encerra um mito que ultrapassa os eventos do século XVIII, pois começou a ser construído no século XIX, em um momento de criação da nação e da identidade nacional.

Em 1873, com a publicação da obra História da Conjuração Mineira, Joaquim Norberto de Souza e Silva foi o primeiro autor a estabelecer a associação do herói com Cristo. Com base em documentação então inédita – os autos da devassa e a memória anônima sobre a Inconfidência – Joaquim Norberto admitiu que Tiradentes era figura secundária no movimento, mas estabeleceu uma similaridade entre sua figura e a de Cristo, transformando a forca em local de sacrifício mítico, ao mostrar Tiradentes beijando os pés e as mãos do carrasco, à imitação da cena bíblica.

Contraponto do “delator Judas” – Silvério dos Reis (que no início de 1789, procurou o governador de Minas Gerais, apresentando denúncia contra indivíduos que urdiam um levante contra o governo colonial), a figura ambivalente de Tiradentes – ora considerado falastrão, ora como revolucionário que teve o importante papel de articulador entre as diversas facções do movimento – tornou possível a construção de um dos mais “eficientes” mitos nacionais.

Em 1867, o então presidente da província de Minas Gerais mandou erguer um monumento em sua homenagem em Vila Rica. Mas foi a partir dos conflitos entre monarquistas e republicanos, respectivamente numa luta simbólica entre a figura de D. Pedro I e Tiradentes, que este último ganhou a conotação política de salvador da pátria brasileira.

Foi sobretudo depois da Proclamação da República, que o "mito" Tiradentes recebeu foros de um pregresso republicano que no século XVIII já havia encetado uma luta antimonarquista, rebeldia esta que refletia o caráter plebeu, humilde e de um homem do povo que lutou pela independência do seu país e morreu resignado por ter cumprido um dever cívico. Sintetizando: a redenção de um herói nacional e portador da unidade nacional. Isso porque a República não possuía nenhuma figura capaz de sintetizar e de sustentar simbolicamente o novo regime, pois o 15 de novembro fora o desfecho de um movimento que quase não tinha nenhum contato com as forças e culturas populares, resultado de um golpe militar que precisava de legitimação, conforme esclareceu José Murilo de Carvalho no livro A Formação das Almas.

Instalada a República, por decreto de 1890, o dia 21 de abril foi declarado feriado nacional juntamente com o 15 de novembro. Depois disso, outros governos utilizaram-se deste mito para legitimarem os seus governos junto à "comunidade imaginada", como o de Getúlio Vargas, em 1936 e no final do Estado Novo; e o do Marechal Castelo Branco, com a lei nº 4.897 de 09/12/1965, publicada no Diário da União, de 13/12/1965 (colaboração on-line Prof. Roberto Novaes, Curitiba- PR), declarando ser Tiradentes o "patrono cívico da Nação Brasileira".

No entanto, não nos deixemos levar somente pela construção histórica, porque existiu o réu Joaquim José da Silva Xavier, ele sofreu um processo que durou vinte e nove meses e a sua sentença foi cumprida na íntegra, como atestam os "Autos da Devassa da Inconfidência Mineira". Ou seja, o que sucintamente procuramos fazer aqui foi desvelar a produção de um mito nacional, mas não se esquecendo da existência do acontecimento "Inconfidência Mineira".

Novos indícios de que Jango foi assassinado

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, por unanimidade, um relatório que corrobora a tese de que João Goulart foi assassinado.O documento, ainda não conclusivo, afirma que são fortes os indícios de que a morte de Jango foi orquestrada pelos órgãos de repressãobrasileiros, com conhecimento de Ernesto Geisel. O relatório aponta que antes da Operação Condor, o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo atuava no Uruguai e Argentina, monitorando brasileiros exilados.A hipótese da morte de Jango a mando das Forças Armadas ganhou força em janeiro deste ano, após o exagente do serviço de inteligência uruguaia, Mario Barreiro, afirmar à Folha de S.Paulo que ele foi envenenado, em uma operação conjunta dos governos argentino, uruguaio e brasileiro.Para dar prosseguimento às investigações, a comissão pede no relatório uma série de documentos e informações às Forças Armadas brasileiras, e aos governos da Argentina, Uruguai e Estados Unidos.

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FAMÍLIA NADA TRADICIONAIS


Na Roma antiga, as uniões civis não tinham o caráter sagrado que assumiram após o surgimento do cristianismo. A profusão de divórcios e casamentos dos nobres da época deixaria corados os defensores dos bons costumes.


Os romanos não tinham um termo específico para designar o que chamamos “família”. A palavra familia englobava todos aqueles que viviam sob a autoridade do pater familias, crianças e adultos, homens e mulheres, livres e escravos. Empregavam também a palavra domus (casa) que representava todos que moravam em uma mesma habitação.Em Roma existiam três estruturas distintas: a família nuclear, a tríade pai-mãe-filho; a família ampliada – várias gerações que coabitavam sob a autoridade do patriarca; e finalmente a família múltipla, que congregava pessoas e outras famílias nucleares unidas por contratos de casamento.Nas classes médias e populares as famílias eram muito mais estáveis do que na aristocracia. Nas inscrições funerárias há elogios freqüentes às mulheres que viveram em paz com seus maridos durante 20, 30, até 60 anos. Mas também existiram famílias reconstituídas. A morte de um dos cônjuges levava o sobrevivente a assumir uma nova união. Alguns documentos mencionam mulheres que foram casadas várias vezes.Já nas classes dominantes, o casamento era equivalente a um acordo político. Não significava uma aliança afetiva, mas obedecia, na maior parte das vezes, às flutuações táticas das forças atuantes. Muitos dos homens (e das mulheres) influentes de Roma tiveram várias uniões. Sylla, Pompeu e Antônio esposaram cada um cinco mulheres; os imperadores Calígula e Cláudio se casaram cada um quatro vezes. Entre as mulheres, o recorde parece pertencer a Vistilia, mãe do grande general da época de Nero, Corbulão: ela teve sete filhos de sete maridos em um período de 20 anos.A mulher podia pedir o divórcio sem ter de se justificar. O divórcio tornou-se uma prática tão banal na alta sociedade romana que Sêneca estigmatizou suas concidadãs: “Elas se casam para se divorciarem, e se divorciam para se casarem”. Messalina aproveitou a ausência do marido, o imperador Cláudio, para se declarar divorciada e celebrar seu casamento com o amante Silius.Algumas vezes essas uniões firmadas em uma contingência política provocaram situações escabrosas. Pompeu esposou em terceiro matrimônio a nora de Sylla, Aemilia, que estava grávida de seu primeiro marido, Acilius Glabrio. Mas isso não impediu que ela se instalasse na casa de seu novo marido. Pouco depois, morreu ao dar à luz um menino, que foi imediatamente transferido para a casa de seu pai natural. Augusto, cuja mulher Escribônia estava grávida, apaixonou-se loucamente por Lívia, que também estava grávida, e era casada com Nero. Augusto esperou que Escribônia desse à luz sua filha Júlia para repudiá-la no próprio dia de seu parto. Em seguida, casou-se com Lívia que deu à luz em sua casa.Desde o fim da República, a antiga fórmula de casamento que submetia a esposa ao marido caíra em desuso. A mulher casada continuava legalmente independente, até mesmo no campo financeiro. O dote, que consistia em moedas, jóias, prataria, mobiliário, terras e escravos, era confiado ao marido, mas somente sua renda podia ser empregada para a vida do casal. Em caso de divórcio ou viuvez, a mulher recuperava integralmente seu dote. Ela também tinha o direito de legar seus bens a quem desejasse. Só quando o adultério era o motivo do divórcio o marido ficava com uma parte do dote.As crianças eram as que mais sofriam com as sucessivas uniões de seus pais. Em caso de divórcio, geralmente elas eram separadas da mãe, ficando sob guarda paterna. As madrastas deviam garantir a educação de seus enteados, muitas vezes tão jovens quanto elas. Os irmãos e irmãs nascidos de um mesmo pai eram educados juntos, mas não mantinham vínculos com os filhos que suas mães tinham de outras uniões.PIOR PARA AS CRIANÇAS As crianças órfãs de pai se encontravam em uma situação ainda pior: deveriam ficar com a família paterna ou poderiam se unir à de sua mãe? Com 3 anos, o pequeno Nero perdeu seu pai enquanto sua mãe estava exilada em Roma. Morou com sua tia paterna, Domitia Lépida, que se desinteressou da criança e a confiou a dois escravos, um dançarino e um barbeiro. Quando Agripina retornou do exílio, casou-se com Sallustius Crispus, e em seguida com o imperador Cláudio, trazendo o filho para morar com eles. Mas a sorte de Nero não melhorou: novamente sua educação foi entregue a dois escravos.No entanto, há casos de reagrupamentos familiares mais felizes. A irmã do imperador Augusto, Otávia, cuidou ao mesmo tempo de seus próprios filhos e dos que seu marido Antônio teve de outras uniões. A “família” de Otávia se compunha de três filhos de seu primeiro casamento, de suas duas filhas nascidas de Antônio, dos dois filhos de Antônio e de Fúlvia e dos três filhos de Antônio e Cleópatra.O concubinato era uma forma de casamento inferior entre uma mulher livre que vivia com um homem sem ser sua esposa. Era proibido ter ao mesmo tempo uma esposa e uma concubina. Mesmo assim, o concubinato era freqüente, sobretudo entre escravas libertas e seus antigos donos. Muitas vezes os homens das classes superiores uniam-se a uma concubina após terem sido casados regularmente uma ou duas vezes. Após a morte da mulher, Faustina, Marco Aurélio foi pressionado pelas grandes famílias romanas para escolher uma nova imperatriz. Mas ele preferiu ter como concubina a filha de um intendente de Faustina, pois não quis, segundo disse, impor uma madrasta a seus filhos – ele tinha 12!Outra forma de união, o contubernium ou “coabitação”, ocorria quando um dos membros era de origem servil. Era, em particular, o caso das uniões entre escravos, que podiam ser tão estáveis quanto os casamentos dos homens livres. Além disso, sempre existiram relações entre o patrão e as mulheres escravas, consentidas ou não. O mesmo acontecia entre mulheres livres e homens escravos.A criança nascida dessas relações não era reconhecida pelo pai. Seguia a condição da mãe: o filho de uma escrava era escravo, de uma mãe livre, era livre. O pai não tinha nenhuma obrigação de alimentá-la e a excluía de sua herança. O único modo de o pai obter o pátrio poder era adotando-a.O pater familias tinha o direito de modificar a composição da família suprimindo as crianças que não desejava ou adotando um filho para sucedê-lo. Muitas razões, em particular para os pobres, que enfrentavam dificuldades para alimentar muitas bocas, podiam levar o pai a não reconhecer um filho, mesmo legítimo. Isso era praticado em todas as classes sociais e atingia principalmente as filhas. O futuro imperador Cláudio abandonou sua filha Cláudia, pois suspeitava que ela era fruto dos amores adúlteros da mulher com seu escravo liberto Boter. Uma criança abandonada podia ser recolhida para ser adotada. Na maioria das vezes, no entanto, estava destinada à escravidão. Essa prática só foi revogada no século IV.Uma família precisava de um filho homem para receber em herança os bens do pai e garantir a permanência do culto das divindades da casa. Na ausência de filhos, era necessário recorrer à adoção de um rapaz que, na maioria das vezes, já tivesse atingido a idade adulta. O escritor Plínio, o Jovem, era filho adotivo de seu tio materno, Plínio, o Velho. A adoção era também o meio mais seguro para os imperadores garantirem sua sucessão. Alguns meses antes de seu assassinato, Júlio César adotou o neto de sua irmã, Caio Otávio, o futuro imperador Augusto. Tibério, Trajano, Adriano, Antônio, o Piedoso e Marco Aurélio eram filhos adotivos dos príncipes que os precederam. Nos meios mais populares, os homens que não tinham descendentes adotavam, muitas vezes, um de seus escravos libertos.Por múltiplas razões, a família nuclear em Roma estava ameaçada por rupturas e reconstituições constantes. As crianças eram as principais vítimas dessa situação. Felizmente para elas, a estabilidade era garantida por aqueles a quem eram confiadas, as amas e os nutritores (pais babás) que não as deixavam durante todo o período da infância. Eles eram chamados pelas crianças de tata (papai) e mama (mamãe), e muitas vezes esses pais substitutos ficavam toda a vida ao lado de seus antigos protegidos.O surgimento do cristianismo modificou a concepção romana de família e rompeu com as práticas matrimoniais do mundo pagão. Apoiandose em textos dos Evangelhos (“Que o homem não separe o que Deus uniu”) e das epístolas paulinas (“Que a mulher não se separe de seu marido... e que o homem não repudie sua mulher”), os Pais da Igreja declararam a obrigação da monogamia e a indissolubilidade do casamento, proibindo o divórcio.Durante o primeiro milênio, o casamento permaneceu um assunto no qual a Igreja não intervinha. Foi somente em 1215, quando do concílio de Latrão IV, que o casamento se tornou o sétimo sacramento da Igreja católica e se transformou em um ato público efetuado em uma igreja diante de um religioso.No entanto, com a queda do Império Romano no início do século V, o direito germânico se sobrepôs ao romano e introduziu novas práticas entre as famílias. A poligamia era muito arraigada entre os germânicos: ao lado da esposa legítima, geralmente o homem tinha esposas secundárias, as friedlehe (promessas de paz) e concubinas escravas.Carlos Magno teve cinco esposas legítimas e ao menos quatro concubinas oficiais. Todas essas mulheres lhe deram 17 filhos ou mais. Esse pai tão afetuoso nunca se separou de sua numerosa prole: quando viajava, todos os filhos cavalgavam a seu lado e as filhas seguiam acompanhadas por guardacostas. Carlos Magno amava tanto suas filhas que não conseguia decidir- se a concedê-las em casamento. Desse modo, permitiu que se tornassem friedlehes de amantes que moravam com elas. A mais velha, Rotrude, vivia com Orgon, duque do Maine, com quem teve um filho. No palácio de Aix-la-Chapelle, coabitavam, sob a autoridade de Carlos Magno, várias mulheres e concubinas, filhos legítimos e bastardos, amantes das filhas, netos, sem esquecer sua mãe Berta, que morreu com idade avançada. Todo esse pequeno mundo viveu mais ou menos em harmonia, sem suscitar reprovação pública especial.Podemos nos perguntar como, em uma época em que o cristianismo determinava a indissolubilidade do casamento, as separações eram tão freqüentes. Os divórcios, muitas vezes decididos para que se concluíssem alianças mais vantajosas, eram disfarçados em anulações por esterilidade ou adultério da mulher. Outros casais utilizavam habilmente “o obstáculo proibitivo do parentesco”: o direito germânico proibia o casamento entre pessoas até o sétimo grau de parentesco. Não era muito difícil provar que se tinha uma ligação de parentesco distante com a mulher de que se buscava a separação.As crianças nascidas de uniões paralelas tinham o status de bastardos e eram afastadas da herança paterna, mas viviam com o pai. Essa ilegitimidade não impedia que muitas delas fizessem uma bela carreira. Carlos Magno nasceu quando a mãe, Berta, era apenas a concubina de seu pai Pepino, o Breve. Foi legitimado mais tarde, quando os dois se casaram.Durante a segunda metade do primeiro milênio, enquanto a religião cristã impunha a monogamia e a indissolubilidade do casamento, a poligamia ainda era comum. A partir do século X, essa situação tornou-se pouco a pouco obsoleta. No final do primeiro milênio, de fato, a Igreja ocupou uma posição preponderante na sociedade e impôs seus princípios primeiramente ao povo, depois à nobreza.

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